No Dia de Combate à Sífilis, Saúde fará testes rápidos
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O fim de bichinhos em testes é combatido por defensores dos direitos animais, mas a prática ainda acontece na ciência e no desenvolvimento de cosméticos e remédios no Brasil.
Dois pesquisadores brasileiros foram premiados por terem a iniciativa de fazer um projeto para acabar com os testes de produtos em animais. Pelo menos 115 milhões de bichinhos são usados como cobaias no mundo.
O concurso Lush Prize 2017 premia práticas de combate a cobaias de laboratório.
Carolina Catarino se destacou na premiação por ter desenvolvido modelos de pele in vitro, usando impressão 3D.
Ela desenvolveu uma pele melhorada que pode ser usada em testes.
“É uma melhoria dos modelos atuais, com a inclusão de uma estrutura de pele que inclui não apenas as estruturas da derme e da epiderme, mas também o folículo capilar”, afirmou.
Carolina está cursando doutorado no Instituto Politécnico Rensselaer (EUA) como bolsista do programa brasileiro Ciência Sem Fronteiras.
A biotecnóloga conta que sempre teve dificuldade em conduzir pesquisas envolvendo animais e abraçou a causa contra a metodologia quando começou a estagiar em um banco de pele.
Já Renato de Ávila Marcelino tem se dedicado a estratégias alternativas ao uso de testes em animais há dez anos.
Ele desenvolveu um mapa molecular que determina se uma substância pode ou não causar alergia. “Indicação realizada a partir de três parâmetros: a reação das proteínas da pele, a substancia ativa do queratinócito [uma das principais células da pele] e a ativação de células dendríticas “, explicou.
Cada um ganhou 10 mil libras esterlinas (cerca de R$ 43 mil), verba a qual vai possibilitar mais avanços nas pesquisas.
O fim de bichinhos em testes é combatido por defensores dos direitos animais, mas a prática ainda acontece na ciência e no desenvolvimento de cosméticos e remédios no Brasil.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em 2015 uma resolução que reconhece outros procedimentos contrários às técnicas que usam animais para testes – que estarão proibidas a partir de setembro de 2019.
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